CONTABILIDADE DE CUSTO INTEGRADO E COORDENADO COM A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
Para fins legais e também fiscais, os estoques dos produtos em elaboração e acabados devem ser mensurados através da integração da contabilidade de custos com a escrituração contábil.
REQUISITOS
Considera-se sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração aquele:
I – apoiado em valores originados da escrituração contábil (matéria-prima, mão de obra direta, custos gerais de fabricação);
II – que permite determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos estoques de matérias-primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados;
III – apoiado em livros auxiliares, fichas, folhas contínuas, ou mapas de apropriação ou rateio, tidos em boa guarda e de registros coincidentes com aqueles constantes da escrituração principal;
IV – que permite avaliar os estoques existentes na data de encerramento do período de apropriação de resultados segundo os custos efetivamente incorridos.
Base: § 2º do art. 306 do Regulamento do Imposto de Renda/2018.
LIVROS E REGISTROS AUXILIARES
Os livros auxiliares são aqueles que suportam a contabilização de determinados fatos, como, por exemplo, o registro permanente de estoques, que demonstra a movimentação física e financeira dos materiais aplicados na produção.
Também fichas e planilhas (mapas
de rateio) são demonstrativos imprescindíveis para se obter a demonstração da
distribuição de custos indiretos, pois é preciso atribuir, de forma consistente
e regular, tais custos aos produtos e serviços produzidos.
ALCANCE
Todos os custos diretos e indiretos devem ser incorporados na valoração dos estoques.
Portanto, não se admite que apenas parte dos custos sejam alocados aos estoques, e outra parte vá diretamente a resultado do exercício.
Esta sistemática, exigida pela
legislação fiscal, é denominada “custo por absorção”, por absorver todos os
custos de produção de bens e serviços.
Veja maiores detalhamentos deste tema na obra "Contabilidade de Custos":