Siga Brasil: veja como se gastam os impostos que você paga
Fonte: Jornal do Senado - 20/6/2005
Apontado como instrumento
poderoso para promover o controle social dos orçamentos públicos, o mais
novo portal do Senado, o Siga Brasil, teve seu acesso aberto ao público na
semana passada, depois de seis anos de desenvolvimento e testes para
torná-lo acessível aos que não estão familiarizados com os jargões
orçamentários.
O Sistema de Informações Orçamentárias Gerenciais Avançadas, batizado de
Siga Brasil, permite ao cidadão conhecer o que é feito com as contribuições
e os impostos que paga aos cofres federais. Basta entrar na página do Senado
na Internet, pelo endereço www.senado.gov.br/siga, e clicar no ícone de
acesso livre.
Lá podem ser encontradas algumas consultas facilitadas. Por exemplo, saber
como estão sendo feitos os gastos do governo nos seus programas sociais,
como o Fome Zero, ou a execução das emendas parlamentares. Mas o cidadão
pode também formular a sua própria pesquisa.
– É um portal que oferece o poder de fiscalizar os gastos públicos – resume
o senador Efraim Morais (PFL-PB), 1º secretário do Senado. O projeto chega
ao público, acrescenta, quando denúncias de corrupção e os debates políticos
ocupam a imprensa. "Foi uma feliz coincidência", avalia Efraim. O presidente
da Comissão Mista de Orçamento, senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM),
considera o Siga Brasil um dos projetos mais avançados do mundo para
controle e fiscalização do governo.
Resultado de parceria entre a Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e
Controle do Senado (Conorf) e a Secretaria Especial de Informática
(Prodasen), o Siga Brasil utiliza tecnologias de ponta – como Business
Intelligence (BI) e Data Warehouse (DW) – para integrar e consolidar bases
de dados dos principais sistemas orçamentários federais, como o do Tesouro
Nacional – Siafi – e o da Secretaria de Orçamento Federal – Selor.
Concebido inicialmente para atender aos técnicos da Casa, como lembra Fábio
Gondim, chefe da Cono rf, sua versatilidade e caráter inovador mostraram que
poderia se tornar instrumento importante para dar transparência aos
orçamentos federais. Assim, foi preparado paulatinamente para ser aberto ao
grande público. Segundo o diretor do Prodasen, Petrônio Carvalho, o Siga
Brasil é dinâmico e pode incorporar novas bases de dados, ampliando as
possibilidades de pesquisa.
O desafio, na visão da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), é popularizar o
Siga Brasil. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Orçamento
Público (Abop), Antônio Amado, a maior parte da população desconhece os
orçamentos federais, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o Plano
Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), mas sabe muito bem
identificar os problemas que envolvem os recursos públicos.
A Abop, que estimula a participação da sociedade nas questões orçamentárias,
deve incluir o sistema em seus cursos de capacitação. Outro apoio vem da
Transparência Brasil, organização fundada por empresários e entidades civis
para combater a corrupção. Seu presidente, Eduardo Capobianco, já se
comprometeu a dar ampla divulgação ao Siga Brasil.
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